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Imagine Louis Tomlinson | Brazil



— Finalmente férias!
Louis falou animado enquanto caminhamos para a saída do aeroporto depois de termos pousado em nosso destino que foi planejado há alguns meses antes que ele estivesse de férias. Louis e eu namoramos há dois anos e há cinco ele tem trabalhado constantemente sem férias estendidas, ele canta em uma boyband que nunca deixa de estar em tempos bons, o que acabou adiando por anos o descanso prolongado até decidirem entrar em hiatus por um ano ou dois anos.
Nós viajamos muito durante os anos de relacionamento, mas nunca tínhamos feito uma viagem que os namorados fazem para se curtir como se estivessem em lua de mel e foi isso que planejamos desde que a história do hiatus entrou em pauta para ser discutida. Estamos tão alegres que só falta nós dois sair saltitando pelo aeroporto.
Não demorou muito para que Louis estivesse reclamando sobre o calor, a diferença do calor que ele está acostumado, como o calor do Brasil é gritante, mas eu me lembro de termos vindo para cá em uma de suas turnês. Não tem como esquecer na verdade, foi a primeira vez que estivemos juntos no meu país de origem.  
Entre as reclamações sobre o calor, drama de dizer que está derretendo, paradas em fast-food para comprar refrigerantes e mais um pouco de drama, chegamos ao hotel não muito conhecido que se localizava um pouco mais distante do centro da movimentada cidade para que a presença de Louis não cause tumulto e acabe com a nossa privacidade.  
A única coisa que Louis fez foi usar o banheiro por causa da quantidade de refrigerante que bebeu, tirar a roupa ficando apenas de cueca e se jogar na cama pedindo para que eu ligue o ar condicionado para que minutos depois estivesse de boca aberta em um sono pesado.
Resistindo a imensa vontade de acertá-lo com um tapa na bunda, eu caminhei até a janela vislumbrando o grande mar que produz um barulho gostoso ao que suas ondas se quebram na areia. O sol um pouco forte demais que me fez um pouco de falta quando me mudei, beija a pele das pessoas que resolveram encará-lo para terem um dia de praia e de quebra conseguir uma marquinha.
A verdade é que eu a tempos não me sentia tão em casa como agora, esse é meu verdadeiro lar, não importa onde eu more, tamanha distância, esse sempre será o meu lugar favorito em todo o mundo.
Mesmo com a empolgação de estar de volta em casa e a vontade de sair rodopiando nas ruas embaixo do sol quente cantando garota de Ipanema, o cansaço me pegou de jeito e eu sou a próxima a me atirar seminua na cama ao lado de Louis.

[…]

Depois de horas de descanso e de eu ter a visão de Louis comendo pizza - que é a única coisa que ele aprendeu em português quando eu tentei ensiná-lo - sentado na poltrona no canto do quarto assim que acordei, estamos agora devidamente vestidos com uma roupa leve e que não nos causará um infarto fulminante ao sair no sol, acrescentando em Louis um chapéu e óculos escuros para não ser reconhecido.
— Minha cabeça está suando... Será que eu preciso mesmo disso?
Louis perguntou ao que sentamos em um banquinho em uma praça bem arejada e com uma enorme sombra feita pela quantidade de árvores ali. Ficamos alguns minutos andando e resolvemos parar para nos refrescar com uma água mineral bem gelada que ainda vou comprar.
— Eu me pergunto se você será reconhecido com esse chapéu e você quer tirá-lo?! — o olho rindo — Você só tem que aguentar mais um pouco. Eu vou ali comprar água para nós dois. — aponto para um homem que tem uma grande caixa térmica sobre sua bicicleta.
Após ver Louis assentir, me levantei do banquinho indo em direção ao homem que é muito simpático comigo fazendo com que a conversa sobre o clima se estenda um pouco mais de cinco minutos. E são esses mais de cinco minutos suficiente para que eu perca o meu namorado que não se encontra mais na praça.
Várias coisas se passam em minha cabeça quando eu ainda não tenho sinal dele depois de rodar a praça quase que dez vezes, é como se ele tivesse evaporado no pouco tempo que eu desviei a minha atenção. A hipótese de ele ter voltado para o hotel, ter sido sequestrado ou apenas sido abduzido rodeiam minha cabeça e o que mais me deixa desesperada é o fato de que a segunda hipótese é a mais provável porque ele não tentaria voltar ao hotel sem me falar sabendo que não sabe o caminho.
Eu estava quase começando a gritar por seu nome quando eu senti uma mão em meu ombro e uma sensação de alívio tomar todo o meu corpo. Me virei para a pessoa sorrindo, mas esse sorriso morreu assim que vi que não se tratava do meu namorado e sim do meu ex, Ricardo.
— Nossa, não achei que ficaria tão feliz de me ver. — ele falou com um tom brincalhão e riu em seguida.
— Não... É que eu estou procurando uma pessoa, achei que você fosse ela. — sorri forçado tentando não pensar o quanto Louis deve estar confuso e perdido.
— Eu sinto muito por não corresponder a sua expectativa, mas eu estou muito feliz em ver você. — ele sorriu com o seu típico sorriso que me fazia cair ao seus pés. Fazia, agora que eu conheço Louis, nenhum sorriso se iguala ao dele.
— É bom ver você também. — digo sem o dar muita atenção enquanto corro meus olhos ao redor a procura do inglês desaparecido.
— Você parece um pouco ocupada, mas não gostaria de ir tomar um sorvete comigo?  
— Eu estou realmente ocupada, desculpe, mas não vai dar.  
— Você poderia pelo menos me dar um abraço? Eu realmente estava com saudades de você. — eu olhei em sua direção um pouco desconfiada, mas em nome dos velhos tempos eu resolvi ceder e abraçá-lo, me arrependendo segundos depois que tive que virar com agilidade meu rosto para o lado quando ele tentou me beijar de surpresa.
Antes mesmo que eu falasse alguma coisa, mãos encontraram o meu ombro e o de Ricardo nos separando bruscamente e eu estou agradecida quando vejo um Louis nos encarando com uma cara de poucos amigos.
— Que porra está acontecendo? — sua voz continha uma alto grau de irritação.
— O quê? — Ricardo perguntou encarando Louis com uma careta de quem não entendia nada. E de fato ele não entende.
— O que você acha que estava fazendo com a minha mulher, seu bastardo?! — Louis não gritava, mas também não falava baixo.
— Louis... — tentei falar que o cara não estava entendendo nada, mas Louis não me deu oportunidade.
— Você quer morrer? Eu vou matar você se encostar nela de novo, porra. As coisas de onde eu venho não funcionam assim, então eu não permitirei, entendeu?!  
— Lou...
— Pare de me olhar com essa cara de merda e responda a porra que eu estou- 
A única maneira que encontrei de calar o Louis foi o surpreendendo com um beijo, beijo esse que fiz questão de prolongar para vê se Ricardo se tocava e dava o fora para não piorar as coisas. Assim que separei nossas bocas e abri os olhos, as íris azuis de Louis me fitavam com atenção em busca de respostas.
— Onde você estava Louis? Eu estava louca atrás de você. — eu fui a primeira a perguntar tirando sua chance.
— Eu percebi o quanto você estava preocupada me procurando. — ele ironizou e eu o empurrei pelo ombro.
— Você que resolveu sumir justo na hora que o louco do meu ex escolheu para tentar me beijar de surpresa.
— Espera! Seu ex? — ele parecia surpreso e indignado enquanto procurava algo - acho que o Ricardo - ao redor. Ainda bem que ele deu no pé.
— É, mas ele não conseguiu. Eu fui mais rápida em virar o rosto e você em aparecer somente na hora que lhe foi conveniente. — o encarei séria — Onde você estava, Tomlinson? Não poderia ter me avisado?
— Desculpe, amor... Eu vi que na loja ali na frente tinha ar condicionado e fui lá me refrescar um pouco. — ele sorriu sem graça coçando a nuca.
— Você é um idiota! — o empurro mais uma vez pelo ombro, dessa vez mais forte — Por que não me avisou? Eu fiquei preocupada.
— Não vai mais se repetir, eu não sairei mais de perto de você.
Ele sorriu de lado me puxando pela cintura e iniciando um beijo cheio de provocação, mesmo que estivéssemos no meio da praça. Pelo menos para uma coisa o traste do meu ex serviu, Louis não vai mais ousar me deixar sozinha ou desgrudar de mim por causa de um ar condicionado.


Hoje nosso menininho completa 25 anos  Eu estou tão orgulhosa pelo homem que ele se tornou 
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