Fiquei
sentado ali naquele banco por mais ou menos uns vinte minutos, até que resolvi
andar para um lugar não especifico. Eu só queria andar, sem rumo, sem direção,
sem vida.
Levantei
rapidamente, e comecei a andar, desvie de uma criancinha que andava de
bicicleta e esbarrei em uma menina derramando seu chocolate quente.
- Des..
Desculpe-me..
Eu disse
abaixando e pegando o copo, a mesma se abaixou na mesma hora que eu, estendi a
mão para pegar o copo e ela também. Nossas mãos se encontraram e nós nos
olhamos.
Seus olhos eram negros e profundos, qualquer
um se perdia naqueles lindos olhos. Ela usava uma maquiagem escura e batom
vermelho, calça jeans, bota e uma jaqueta de couro.
XXX: - Está
tudo bem a culpa foi minha, eu estava distraída!
- Não, a
culpa é minha. (Levantei estendendo a mão para a mesma, que pegou e se
levantou.)
XXX: -
Obrigado.
- Vou ti
pagar outro chocolate.
XXX: - Que
isso, não precisa, já estava no final!
- Eu
insisto.
XXX: - Está
bem.
- Fique aqui
que eu vou lá comprar outro!
Ela assentiu
e eu fui comprar o chocolate, minutos depois eu estava de volta.
- Aqui seu
chocolate. (Estendi a mão) – Desculpe pela demora!
Sentei-me no
banco ao lado dela. Vi Hannah e Dean saindo da cafeteria que ficava de frente
para o parque. Meus olhos encheram de lágrimas.
Abaixei a
cabeça passando a mão no rosto.
XXX: - Está
tudo bem com você?
- Sim.
XXX: - Tem
certeza?
- Não.
XXX: - Se
não quiser falar, eu vou entender eu sou só uma pessoa que você acabou de
conhecer.
- Isso não é
o problema, o problema é ela. (Eu apontei para a Hannah)
XXX: -
Hannah Roeick.
Eu a olhei.
- Você a
conheci?
XXX: - Mais
ou menos, é uma longa história.
- Eu tenho
tempo.
XXX: -
Acredite você não vai querer saber! Por que ela é o problema?
- Minha
ex-namorada nós namoramos por quatro anos, hoje de manhã ela estava lá minha
casa, toda arrependida, chorando, triste e agora está ali (Eu apontei para ela)
– Alegre, sorrindo, se divertindo, enquanto eu estou aqui (Fiz uma pausa) – Triste
acabado (Minha voz falhou) – Morrendo aos poucos por não está com a mulher que
eu amo! (Eu agora chorava) – Eu estou despedaçado!
XXX: - Eu
sinto muito.
- Eu também,
sinto mais ainda por vê-la com esse filho da... (Me calei para não falar
besteira) - Sinto por ela ter se tornado essa pessoa horrível sem que eu
percebesse, por que a Hannah que eu conheci há quarto anos atrás nunca faria
isso!
XXX: -
Talvez ela já fosse assim e você não percebeu talvez, você tenha conhecido uma
Hannah que não existe!
- Quando eu
a olhei pela primeira vez e me dei conta da sua presença me senti no topo do Empire
State, senti o planeta inteiro debaixo dos meus pés. (Fiz uma pausa para
recompor minha voz e segurar minhas lágrimas) – Quando soube que ela me traiu
senti como se faltasse chão debaixo dos meus pés, senti que o mundo havia
acabado e que a vida tinha perdido completamente o sentido para mim, senti que
eu não pertencia mais a esse mundo.
XXX: - Sei o
que você está sentindo! Um dia eu amei alguém e de repente me vi perdida, sem
ele, sem rumo, sem sentido, sem vida!
- Pensei que
ninguém nunca fosse entender o que eu sinto. (Sussurrei) – Um erro trás
tristeza eterna.
XXX: - Vou
te dar uma razão para viver!
- Qual?
XXX: - Sua
família, seus amigos, as pessoas mais importantes da sua vida pode ser até o
seu cachorro se tiver um. Não deixe que aquela idiota estrague sua vida, não
deixe que o que ela fez com você interrompe seus sonhos, seus desejos. Quando
me magoaram eu não tinha ninguém, era só eu e uma droga de coração quebrado. Então
viva e mostre para ela que você é melhor do que ela pensa.
Ela levantou
e jogou o copo no lixo.
- Viver!
XXX: - Isso
é o que podemos fazer enquanto estamos vivos aproveitar a vida, depois que
morrermos nada mais vai fazer sentido.
- Obrigado
pela atenção.
Ela sorriu.
XXX: - Agora
eu tenho que ir.
Ela começou
a andar para atravessar a rua, fiquei sentado no banco pensando no que eu
acabará de ouvir. De repente percebi que não sabia o nome dela, ela estava
entrando no carro quando eu a gritei.
- Ei, você
não me disse seu nome?
Ela me olhou
XXX: - Meu
nome é Seunome.
Ela entrou
no carro e deu partida.
(...)
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